Pular para o conteúdo principal

Superproteção dos pais...

Ainda existe aquele preconceito de que menina não pode jogar futebol. Para a sociedade, menina que joga futebol é vista como um moleque, pois futebol é esporte de menino e vôlei esporte de menina. Eu, por exemplo, nunca gostei de jogar vôlei e sempre joguei futebol com os meninos – pois não tem jogo com as meninas, elas tem medo da bola. Não jogo vôlei por diversos motivos e um deles é por ter o pulso aberto, devido eu ter jogado muito como goleira e ter levado diversas boladas dos meninos. O foco desse texto não é dizer qual esporte é melhor, quem é melhor – meninos ou meninas -, e sim mostrar que futebol é sim coisa de menina.

O preconceito começa em casa desde pequeno, quando o menino não pode brincar de boneca com a irmã, por exemplo, e a irmã não pode jogar bola com o irmão devido o medo que a mãe tem que ela se machuque. Essa superproteção que a mãe tem, faz com que os filhos não se desenvolvam e não aprendam a se virar. A partir do momento em que a mãe deixar a menina jogar futebol com o irmão, ela aprende a se defender da bolada que ele vai querer jogar nela para se vingar de algo que ele ganhou a culpa e nem fez, e o menino, aprende a ser cavalheiro com as meninas, pois aos poucos ele vai percebendo que se ele não medir a força ela não vai quer chegar perto dele e será pior quando ele crescer.

As crianças de hoje, não têm imunidade e não sabem mais o que significa brincar com outras crianças. Aos dois anos de idade, elas já ganham seu primeiro “brinquedo” tecnológico,  o tablet. Aos cinco, provavelmente ganharam um IPhone e aos sete, estão entediadas. Essas crianças ao crescerem, não serão adultos felizes, pois não brincaram na chuva, pisaram numa posa de água nem jogaram futebol com os meninos na rua. Até que ponto essa superproteção dos pais é benéfica?

Sou a favor das meninas jogarem futebol e dos meninos brincarem de boneca. Como sou contra de um pai dar um tablet para uma criança de dois anos, apenas para ela não incomodar enquanto conversa com seus amigos. Se o pensamento para dar esse “amigo” ao filho é esse, por quê fez um então?

Outra coisa que os pais poderiam incentivar ao invés de vetar, como a maioria faz, é a música. Já é comprovado que a música é benéfica ao desenvolvimento mental, corporal e social. O primeiro contato que se deve ter com a mesma, é ainda na barriga da mãe, bem como com histórias. Aos dois anos, ao invés de dar um tablet, coloque ela numa aula de musicalização para que a criança possa ter o contato com os instrumentos e com outras crianças. Vá incentivando a mesma a continuar na música e a mostre instrumentos e pergunte a ela qual chama mais a atenção, e a leve para fazer uma aula experimental. Se ela gostar, matricule ela nessa aula, e a incentive a passar esse gosto pela música a seus filhos e a outras pessoas. Você pai, mãe, pode fazer o mesmo instrumento que seu filho ou outro instrumento para tocar com ele, assim, ele se sente mais prestigiado e motivado a continuar nas aulas.

Se sua filha quer jogar futebol, deixe. Se seu filho quer brincar de boneca, deixe. Se quer tocar  um instrumento, incentive. Mas lembre-se, não o proteja demais, deixe ele se virar e aprender a se proteger.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quebra de barreiras....

As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido.  Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto.  A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.

A motivação das palavras

Pessoas. Conhecemos pessoas o tempo todo; algumas marcaram nossa vida de alguma forma, algumas conhecemos há anos e outras pensamos conhecer; há pessoas que conhecemos a tão pouco tempo mas é como se conhecêssemos a anos. Com certas pessoas temos uma ligação tão forte, intensa e especial, e muitas vezes não sabemos o porquê; tem pessoas que passam uma tranquilidade na fala, no olhar e no caminhar, e com um simples “Bom dia” alegram nosso dia. Temos muitas dúvidas, e algumas pessoas mesmo sem saber da existência das mesmas, as sanam de alguma forma e nos dão certeza daquilo que queremos e nos mostram que estamos no caminho certo. Aprendemos o tempo todo, bem como ensinamos também. Deixamos-nos marcar e ser marcado pelas pessoas permitindo certas coisas, conquistas e vitórias em nosso caminho. Estou trilhando meu caminho em busca de sucesso e de meu crescimento profissional, buscando aprender com todos que possam contribuir para isso principalmente pessoas ligadas à área pro

Obrigada por me amar!

Digo, não apenas por me amar e fazer feliz, mas obrigada por tu ser aquela pessoa que me ama em minhas fraquezas. Obrigada por me amar em meus erros, por me amar nos meus lados mais obscuros. Obrigada por me amar quando a única coisa que eu quero é sumir. Obrigada, por me amar quando o que eu apenas consigo é chorar. Obrigada por me amar, quando sou mais erros do que acerto. Sei que vivo agradecendo, mas como não agradecer, a alguém que me ama, mesmo sabendo a garota complicada e complexa que sou? Eu não amo você apenas por isso tudo, eu amo por tu me corrigir, por me chamar a atenção, por me puxar a orelha, por me repreender, por bater de frente comigo, por não deixar que as coisas sejam apenas do jeito que eu quero. Eu amo por ter essa frieza dentro de ti, que me faz enxergar a realidade como ela é, mas amo quando tu me levas ao céu, mesmo sentindo que meus pés estão firmes no chão. Amo quando tu me mandas calar a boca e quando manda parar com meus dramas, afinal, sou dramática. Não