A primeira idade tão sonhada, é a dos sete anos. Época de ir pra escola, de aprender a ler e escrever, soma e subtração, primeiro contato com a vida social. Depois essa época fase, as meninas querem logo que chegue os 15 anos. Ah, os 15. Época do baile de deputantes, de balada, garotos, muitas de perder a virgindade. Para os meninos, a idade tão sonhada, é a dos 18 anos. Carro, carteira de motorista, faculdade no estilo americana dos filmes de Hollywood e mulheres. Mas quando ela passa, entramos na crise dos 19. Esta, pode ser apenas mais uma crise para uns, mas para outros, pode ser a crise do século (até vir a crise dos 30 ou 40, pelo o que dizem, é terrível). Na crise dos 19 anos, você sente vontade de chorar, sumir, gritar até perde a voz, brigar com todo mundo, mas depois sabe que irá se arrepender, sem contar na pressão de todo mundo para você decidir qual curso ira cursar na faculdade, onde irá fazer, se irá morar fora, por quanto tempo, se não tem namorado (a) quando vai aparecer e, se tem, quando vão casar. Em resumo, você entra em crise existencial em alguns momentos. Há momentos, em que você quer voltar a idade dos sete, 12, 16 e há momentos, onde você deseja ter 22, 25, 30. Não dá pra entender. Você pode chorar por muita coisa - e não é TPM, como podem pensar os meninos - , você pode rir por besteiras. Você pode ser você, mas sem sentir que é você, entende? Eu sei que é complicado. Se já é complicado explicar o que você sente a alguém, imagina escrever sobre isso. Só posso dar uma dica: pegue um cobertor, um chocolate ou pipoca, uma bebida e vá assistir alguma coisa de que goste ou ler aquele livro que vinha adiado há meses. Mas fique calma, ela passa.
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
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