Não se ama sozinho. Toda vez que eu tiver de TPM e quiser te
matar, me faz rir. Toda vez que eu não quiser falar contigo, me diz os motivos
pelos quais estais comigo. Toda vez que
eu não quiser sair contigo, senta no sofá e me convence. Dia desses eu até
chorei, e não era por medo de mim ou de ti. Era um misto de tensão e de
alegria. Eu me senti como numa seção de achados e perdidos: mesmo que tenhamos
nos achados, tenho medo de nos perdermos. Chorei porque o seu sorriso me arranca
sensações que eu só via nos cinemas. Chorei porque te encontrar abriu tantos
caminhos que até me confundi entre eles. Nós não amamos por completo até o primeiro
choro desesperador, que começa aparentemente do nada e se vai também do nada,
sem consolo, apenas no escuro do quarto. Não deixa a minha mão solta, não me
larga pelo mundo, não descrê de nós. Não testa o meu desespero. Eu não quero
saber de mim enquanto posso saber de ti. Preciso de você todos os dias e
em todas as estações do ano. Preciso apenas de você e um café. Quente. Pra ter
calma nos dias frios. Pra dar colo quando
as coisas estiverem por um fio. Todo casal deveria fazer o pacto “quando eu
achar que o amor esta acabando, prometo lembrar de todos os motivos que me
fizeram te amar.”
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
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