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Aquele café...

Ela precisava de um café. Mas não era apenas um café; era um café que vinha com um colo, com um cafuné e uma coberta, ou mesmo, uma taça de vinho. Mas não, ela queria aquele café que ninguém conseguia fazer, que apenas uma única pessoa fazia; aquela pessoa. As pessoas achavam engraçado ela falando do café pois não entendiam seu real significado, era algo tão simples e tolo que ninguém dá bola. O gosto daquele café, era algo intenso, era algo que a consumia, era algo que ela gostava de lembrar. Ela sabia que aquele café, ela não poderia mais tomar, pois a única pessoa que fazia, aquele café, já não era mais sua. Ela sabia, que todos os cafés que tomaria depois daquele, não teriam o mesmo gosto nem a mesma intensidade, pois o café, é como o amor, após provado uma vez, sempre se quer mais e os demais, ah os demais, não queremos nem provar, pois já sabemos o gosto do café que procuravamos. Aquele café, foi o que a alimentou durante algum tempo; tempo esse, em que ela sabia que não teria mais de volta, tempo, em que apenas sua memória poderia guardar, que apenas seu coração poderia sentir e apenas ela, só ela, saberia descrever. Aquele gosto, ela jamais sentiria, pois o café havia esfriado, a xícara estava quebrava no chão da cozinha e os cacos espalhados pela casa; o amor havia esfriado e se quebrado como o café, havia virado fumaça como água fervendo e cinzas, feito brasa. Ela só precisava de um café.


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