Mais uma vez, as palavras se tornaram minha inimiga; as palavras que um dia eu tanto amei, hoje se voltam contra mim, se voltam contra meus princípios e minha criação. Me arrependo, de ter dado tanta importância a palavras que não mereciam atenção, a palavras mal empregadas e intencionadas; me arrependo, de ter falado e/ou escrito palavras, a pessoas que não sabiam ler. Me arrependo, de ter dito a você, as palavras mais doces do mundo. Cuide com as palavras pronunciadas em discussões e brigas,que revelam sentimentos e pensamentos que na realidade você não sente e não pensa, pois minutos depois, após a raiva passar, você não se lembrará delas, mas aquele a quem tais palavras foram dirigidas, jamas as esquecerá. Muitas das palavras, que sairam de sua boca, estão em minha memória, palavras duras onde ainda é possível ver cicatrizes, feridas e sangue. Se hoje, estou mais fria, é culpa de suas palavras. Suas palavras, mais uma vez, me destruíram.
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
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