Odeio tons de despedidas, seja tons de morte, adeus ou um simples até ano que vem. Odeio me despedir das pessoas, ainda mais das que somos apegados. Muitas vezes, não nos damos conta, mas nos apegamos mesmo quando não queremos e/ou, quando é tarde demais para reverter uma situação. Quando se aprende a caminhar e remar em conjunto, é difícil deixar um integrante para trás, mesmo que este peça para ser deixado ou reme o seu próprio barco em outra direção. Ultimamente, tenho nota que cada um caminha por si, e não mais um pelo outro. Cada um faz seu caminho. E nesse caminho, encontramos pessoas de todas as índoles e credos, crenças e sentimentos. Pessoas de todos os tipos e gostos. As que preferem escrever a ler; as que preferem ouvir a falar. As que preferem correr as que preferem caminhar. Ah, caminhar.Caminho na beira da praia, areia nos pés e os pés nas estrelas. Meus olhos no horizonte, meu corpo confuso, e o coração viajante, sem ocupar espaço algum nem sendo assim tão ocupado. Essa, é uma passagem mais passageira que uma poesia inteira, mas tão marcante quanto as rimas que cortam teu coração em longas feridas com amores do passado.
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
Cami do céu! Acreditaria em mim se dissesse que li essa última parte dos pés nas estrelas umas três vezes? Porque eu me identifiquei muito... Tem areias nos meus pés mesmo, ou até mesmo calos, mas nunca, jamais deixei de trilhar nas estrelas. Até porque são elas mesmas que guiam meu caminho. Preciso te dizer que a tua escrita me dá vontade de ler em voz alta para que todos escutem, porque despedidas são feita e sentidas por todos.
ResponderExcluirQuanto a sua despedida, eu tenho certeza que ela será a melhor porque te fará crescer mais e mais (por mais que tenhamos já (ou ainda?) 18 anos, ainda estamos aprendendo né). Tudo vai ficar melhor agora, relaxa e sabe que meu abraço vai estar aberto pra te receber.
Beijos!
Obrigada Luh. Fio feliz em ler isso, procuro melhorar a cada nova vírgula aplicada.
ExcluirSempre que precisar estou a disposição. Beijos.