Duas pessoas. Dois corações. Duas formas de olhar. Duas formas de amar e dois sentimentos. Dois amores. Ah, o relacionamento de dois estranhos que desejam se conhecer melhor. Duas vidas completamente diferentes que desejam se untar em uma só. Dois corpos que obedecem toques diferentes, mas almejam ter arrepios se não igual, mas ao menos semelhantes. Dois lábios que se encostam na obtenção de saciar o mesmo desejo com a mesma intensidade. Dois corações pulsando num ritmo acelerado e de forma sincronizada. Aceleração. Ritmo. Sincronia. É isso que mantem dois estranhos juntos. Vai ser clichê minha falar agora, mas um coração completa o outro; uma respiração acalma o ritmo pulsante de um coração ofegante após um beijo ou uma cena de sexo na qual os protagonistas são os dois estranhos que se olham olho a olho sentados numa cama frente a frente. Olhar. Modo. Diferente. O que essas três coisas têm haver com relacionamento? Simples. Quando você passa a conhecer melhor a pessoa com que está se relacionando, sua forma de ver e perceber o mundo, se modifica. Você passa a notar detalhes que antes não faziam sentido algum; passa a guardar datas, que são apenas mais um dia no calendário de qualquer pessoa. Ah, o amor. Ele nos modifica de todas as formas e nos faz querer nos conhecer melhor através dos olhos do outro. Olhos. Passamos a olhar o mundo não apenas com os nossos olhos, mas com os olhos de quem segura nossa mão para ir até a esquina, de quem nos abraça quando estamos a ponto de desabar, de quem nos dá um beijo na testa, de quem nos manda um sms mesmo estando ao nosso lado, de quem nos diz "eu te amo" mil vezes ao dia, de quem nos faz feliz sem esforço alguém. São esses dois estranhos, que passam a se amar e desejam se casar.
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
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