Ela era a letra da música que desenha o amor do casal entre a
serenata e a plena madrugada fria. Eu cheguei a acreditar que isso seria só uma
atração de começo ou que seria passageiro, mas vejo que estava errado e nada
disso é passageiro. É real, é verdadeiro, é amor. Eu não imaginava que iria
gostar tanto assim de você a ponto de ir deitar e só pensar em uma coisa, em
uma pessoa e imaginar um futuro com você. Ela é a ponte que liga a mais longa
distância; o açúcar do café mais amargo e o recheio do sonho mais delicioso. A
metáfora da costela do homem mais bem arquitetada; a incentivadora de
conciliação de paixão. Ela é complexa e simples. Ela é quente e fria. Parece
engraçado, mas você é tudo aquilo que um dia eu pudesse imaginar estando com
alguém, com esse jeitinho, manias e ciúmes. E eu sabia, desde aquele seu “bom
dia” que eu poderia estar me arriscando em uma nova aventura de amor. E sabia
também que não seria muito bom continuar assim, porque nunca me dei bem nessa
coisa de amar. Mas eu tentei, eu quis tentar, eu fiz de tudo e quando percebi,
já estava completamente tomado pelo seu amor. Eu nunca senti um amor tão grande
por você. Era como se as suas palavras fossem um abraço de conforto que eu
tanto precisava naquele momento. A sua voz era aquela músicas que me acalmava
só de ouvir. Seu sorriso era uma forma de demonstrar que tudo na vida tem seus
reparos e que um dia vamos voltar a sorrir. Sobre as nossas músicas? Temos
quase os mesmos gostos musicais, porém, a nossa música sempre será nossa. Pode
ser que daqui há dois ou três anos não estejamos nos falando mais, espero que
não, mas se acontecer, nunca vamos esquecer da nossa melhor música. Eu amo cada
ponto em você, cada traço, cada nota desafinada que cantava depois do jantar e
a forma como dançava feito louca às 4h da manhã descanso no acoalho de madeira
do apartamento bem enfrente a sacada. Ela era a melodia da minha melhor canção, a minha melhor escultura. Ela era louca, ela era calma. Ela era única e especial.
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
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