O café. Eu sou o café. Às vezes sou amargo, às vezes doce. Às vezes quente demais, às vezes frio. Às vezes bebido pela metade, às vezes esquecido. Às vezes pecado em doçura, às vezes pecado em amargura. Às vezes servido acompanhado, às vezes sozinho. Às vezes preso a alguém, às vezes solto demais. Às vezes culpado, às vezes tranquilo. Às vezes desejado, às vezes nem olhado. Às vezes necessitado, às vezes nem lembrado. Eu sou o café. O café passado, o café torrado e o café moído. Sou a braza que já esfriou, o leite que ninguém bebe e o açúcar mascavo. Sou a xícara rachada e o bulê enferrujado. Eu sou o café esquecido em cima da mesa junto a uma carta não lida e um coração em pedaços...
As pessoas acham que escrever é simplesmente pegar as palavras e as colocar numa frase e a fazer elas terem sentido, quando na verdade, é algo muito amplo. Escrever exige observação, pensamento, conhecimento da língua a ser retratada e amor. Sim amor pela fala, pela oratória, pelo papel e pela literatura. Escrever é retirar do vento as palavras que ninguém mais quer, e as organizar, observando não apenas as normas da língua padrão, como concordância, verbo, provérbio, advérbio, e por ai vai, e sim as organizar por ordem de importância e sentido. Escrever, é se doar de corpo e alma, é se entregar, se perder nas letras e se achar no parágrafo seguinte. É se encantar a cada palavra e se emocionar a cada vírgula; é se apaixonar a cada novo texto. A cada dia que passa me apaixono mais por esse mundo literário e me assumo cada vez mais como escritora, não tenho medo do que podem dize ou pensar, como escritora tem que assumir uma postura e como jornalista, assume a mesma postura.
Você pode ser também o café, aquele que nos acorda, aquele que aromatiza o ambiente, aquele que não passa desapercebido por ninguém. Parabéns. Um grande abraço. Raquel
ResponderExcluirObrigada!
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